quinta-feira, 4 de julho de 2013

Eu sinto muito.


Preciso confessar uma coisa:

Eu sinto muito.

Não, não é pra você ou pra alguém específico além de mim. Leve ao pé da letra: Eu sinto muito. Porque de fato, sinto mesmo. Preciso de coisas e pessoas intensas, de leituras profundas que me inflam o peito, um poema que me faça sentir de novo algum momento. Preciso de intensidade tanto quanto do escapismo cotidiano. Preciso de cor, vida no olhar, esperança. O que não consigo sentir, pra mim não tem valor, passa despercebido. Preciso de arte, música e amor. Não gosto de olhar opaco, frio, calculista, gosto do imperfeito e contrariando a tudo, gosto da solidão. Não gosto do exposto, me assusta, recuo. Olhar intenso intimida, mas gosto desse tipo de intimidação. Gosto de ser vulnerável a coisas e sensações boas. Que entrem! Minhas janelas estão sempre destrancadas, mas o vento e a luz acham que estão trancadas só pelo fato de estarem encostadas. Gosto do que emociona, apaixona por breves segundos.


Sinto muito, preciso sentir.

Nathália Lopes.